sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Apesar de tudo, tenho um enorme talento para me deixar ficar sentado sobre o dia de amanhã, enquanto, no rádio, crepita um ruído branco que tanto pode ser Bashô como uma perna partida nas Penhas Douradas, quando era da tribo dos cabritos-monteses, não dos alpinistas mais ou menos esforçados, esses deserdados, iletrados, das estrelas.

Miguel Martins

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