Em 1961, a União Indiana pôs fim a 451 anos de presença portuguesa em Goa, Damão e Diu. A reduzida guarnição militar portuguesa rendeu-se em menos de 48 horas perante a força avassaladora da aviação, da marinha e do exército indianos. Os militares portugueses foram concentrados em Goa nos seus antigos aquartelamentos, agora transformados em prisão. As negociações para o seu repatriamento arrastaram-se durante mais de cinco meses e quando finalmente regressaram a Portugal foram recebidos como traidores e carimbados de cobardes, por não terem defendido até à morte a integridade nacional. Durante mais de 40 anos sofreram o estigma da perda da Índia, mas foi a condição de Prisioneiros de Guerra que os reuniu em Associação e acabou por se tornar a chave para a sua reabilitação plena perante a sociedade e a instituição militar.
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