terça-feira, 23 de abril de 2024

 


19/4/2024 – À noite ouvi o excitante e rico CD “Glossolalia” de A Favola da Medusa.

É o terceiro disco do grupo/associação. Não me canso. Canso-me, sim, desta tristeza em que vivo agora… não podendo acusar ninguém, pois ninguém é acusável. [Ouvi-o duas vezes seguidas.]

 

20/4/2024 – À tarde, regressei a A Favola da Medusa, para voltar a ouvir os seus CDs anteriores, “Dada Dandy”, de 2014, e “Herbarium”, de 2021. Os três discos completam-se — e que venham mais e eu cá possa estar —, são uma riqueza, de uma diversidade e de uma invenção construtiva/desconstrutiva, imaginação ao poder, poder de paz, mesmo que alguma retórica branda pareça habitar o campo aberto da subversão. Mas é a bonomia que ressalta do(s) sumo(s) refrescante(s) das obras… Claro que, fetichista assumido como sou, me venho espiritualmente com a voz poderosa, mas também frágil, de Ana Água, que fiquei a amar para sempre depois daquela noite em que ela leu, como nunca poderia suspeitar, a minha “Ode ao Charlie Parker, ou ao Eros”. Do meu irmão taumaturgo Miguel Martins, digo: é um génio, um “monstro” de coragem e ousadia sábias.

 

LEVI CONDINHO

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