19/4/2024 – À noite ouvi o excitante e rico CD “Glossolalia”
de A Favola da Medusa.
É o terceiro disco do grupo/associação. Não me canso.
Canso-me, sim, desta tristeza em que vivo agora… não podendo acusar ninguém,
pois ninguém é acusável. [Ouvi-o duas vezes seguidas.]
20/4/2024 – À tarde, regressei a A Favola da Medusa,
para voltar a ouvir os seus CDs anteriores, “Dada Dandy”, de 2014, e “Herbarium”,
de 2021. Os três discos completam-se — e que venham mais e eu cá possa estar —,
são uma riqueza, de uma diversidade e de uma invenção
construtiva/desconstrutiva, imaginação ao poder, poder de paz, mesmo que alguma
retórica branda pareça habitar o campo aberto da subversão. Mas é a bonomia que
ressalta do(s) sumo(s) refrescante(s) das obras… Claro que, fetichista assumido
como sou, me venho espiritualmente com a voz poderosa, mas também frágil, de
Ana Água, que fiquei a amar para sempre depois daquela noite em que ela leu,
como nunca poderia suspeitar, a minha “Ode ao Charlie Parker, ou ao Eros”. Do
meu irmão taumaturgo Miguel Martins, digo: é um génio, um “monstro” de coragem
e ousadia sábias.
LEVI CONDINHO
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