Alberto Velho Nogueira. Nasci a 20 de Março de 1944, em Fronteira. A pré-história biográfica foi esquecida por ter saído do território em 1968. Ou perdeu o interesse. Como conselheiro na Médiathèque de la communauté française de Belgique acompanhei as músicas novas que deram à biografia mental uma inserção no registo expressivo do norte da Europa, nas perspectivas do teatro de Kantor, de Marthaler e de Castorf, na expressão actualizante das fotografias de Jeff Wall, da pintura de Lucian Freud e das performances de Paul McCarthy, das literaturas de Thomas Bernhard e de Elfriede Jelinek e da música de Derek Bailey e de Han Bennink. A narratividade fragmentou-se numa instabilidade. A literatura vem do nada, exprime a complexidade ficcional de acordo com a nervologia e em desacordo com as linguagens de comunicação.
Barbara Engelmann. Alemã, residente em Itália. Escritora, tradutora, conferencista e actriz. Publicou o livro de poesia Und mindestens alles ist möglich. Aficionada de jazz, é autora da conferência Dean Benedetti und Charlie Parker – Annäherung an eine besondere Beziehung. Ein literarisch-musikalisches Hörstück von und mit Barbara Engelmann. https://barbaraengelmann.com/
Ricardo Cruz. Este marmelo pensava que seria químico. Depois físico/matemático. Acabou por ir estudar música. No Taller de Músics de Barcelona estudou e ouviu Jazz. Voltou para o seu Hot Clube de Portugal, onde foi professor e manda-chuva. Depois, tocou, tocou e descobriu a música que ouviu desde menino… o Fado! Foi o seu Amor de Perdição. E, se quiserem descobrir com quem ele tocou, vão à RTP Memória.
Henrique Manuel Bento Fialho (1974) é licenciado em Filosofia. Desde 1997, publicou cerca de duas dezenas de livros de poesia, ensaio, contos e teatro. Tem obra dispersa por várias antologias, revistas, jornais e publicações colectivas vindas a lume em Portugal, Espanha, França, Itália e Marrocos. Foi professor do ensino secundário, livreiro e trabalha actualmente no Teatro da Rainha. As suas obras mais recentes são o opúsculo «Pedra Bruta» (Paper View, Abril de 2023) e os livros «Levedura» (Edições Húmus, Maio de 2022), «Na cama com Ofélia» (Companhia das Ilhas/Teatro da Rainha, Fevereiro de 2022), «Micróbios» (Abysmo, Outubro de 2021) e «Embate» (Medula, Março de 2021).
Sara de Oliveira, artista multidisciplinar nascida em 94, apresenta-se com uma premissa de turbulência para poliglotas, sob o nome FUHRER DUHRER. É o heterónimo "de arremesso sonoro utilizado para nos provocar hematomas no córtex cerebral", nas palavras de Carlos Matos (Fade In/Ciclo de Música Exploratória). O projecto encerra a versatilidade da estridência e o contratempo esdrúxulo da fita como influência, recorrendo a um manancial de field recording, foley art e manipulação de cassetes com pedais de efeitos, e cada performance é tomada por um embalo que recusa o adaptável. Promete-se, assim, uma atmosfera densa, que gravita entre o harsh noise, o experimental drástico e o power electronics. Ainda com outros desígnios, como Mus Rattus ou Marquesa do Sabre, desenvolve os seus trabalhos e colaborações nos campos da colagem analógica, "xerox worship", poesia, escrita e edição independente.
Siiri Varis é uma divertida saxofonista de 21 anos da Finlândia. Vai buscar a sua inspiração ao fluxo e aos sons engraçados da natureza e à efemeridade da sua beleza. Para criar algo de envolvente no momento, ultimamente tem-se focado na improvisação a solo e em concertos improvisados com um DJ de dubstep. No entanto, excita-se também com muitas outras formas de música. Fazendo parte de uma banda de festas de estilo fluido, tocou de tudo, desde punk italiano a R&B moderno, na vida noturna de Helsínquia. Para além de saxofone, gosta de fazer experiências com outros instrumentos de sonoridade mágica como o berimbau de boca e as taças tibetanas.
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