domingo, 14 de julho de 2024

Alguns trechos do meu livro de aforismos Penúltimos Cartuchos (2008):

A moda está sempre out


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Condomínio fechado: kevlar, doce lar. 

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Polaroids: urgências sem futuro. 

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O poema é uma escada que os olhos descem enquanto a alma sobe.

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A diferença entre os pequenos e os grandes poetas é a que separa o ilusionismo da magia.

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Quem acha que a vida é para levar a sério deve andar convencido de que a morte é a brincar. 

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Se fosse proibido usar as palavras eu e não, a maior parte das pessoas permaneceria muda.

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As boas ideias e as boas pessoas deram cabo do mundo. 


A extensão da minha liberdade mede-se pela quantidade de pessoas que não consegue lidar comigo.

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O preço do futuro é o presente. Ou, dito de outro modo, o preço do sonho é a vida. E o facto de sabermos que o sonho, como o futuro, nunca o alcançaremos só torna mais bela a nossa dádiva.


Cedo às tentações, pequenas e urgentes, para que não se acumulem e tornem vontade, fazendo despertar essa aberração que é o indivíduo.

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Frequentemente, emprego-me a rememorar ínfimos pormenores dos que amei e perdi. Proíbo-me esquecer.


A minha terra é a maré baixa. 

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Sou uma luz que só se acende no escuro.

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